
A diferença...
Existe uma grande diferença entre sentir-se amado e saber-se amado. Sentir é, consequentemente, saber. Mas só saber não adianta nada. Sentir-se amado é ter aquela calma que só a confiança de um amor seguro traz. Aquela certeza de que nada vai mudar, que não importa o tamanho da briga, vai acabar tudo bem. Só tem isso quem se sente amado.
Não, isso não tem nada a ver com a quantidade de vezes que você escuta ou fala te amo. Não tem a ver com o tamanho da aliança no dedo. Isso tem a ver com andar junto, dar a mão, dar o abraço, dar um espaço na vida. Tem a ver com beijo distraído, beijo fora de hora, beijo com saudade por ter passado o dia longe. É prestar atenção por querer e não por cobrança. É saber o sabor do sorvete preferido sem precisar decorar.
Apresentar para a família não é garantia de amor. Apresentar pros amigos não é prova de amor. Querer estar junto, é. Perder uma horinha de sono só pra ficar junto, é. Acabar antes um compromisso só pra almoçar junto, é.
Se você sente uma angústia, uma coisa que aperta aqui dentro, um vazio que não tem o que preencha, você pode até saber que é amado, mas não sente isso. Porque quando a gente sabe e sente, não tem medo da distância, do tempo, da correria do dia a dia, da rotina.
Se você tem um amor assim, se você sabe que a pessoa que tem ao lado é a melhor companheira de viagens, é quem traz o sossego no meio da balbúrdia, a calma no meio da confusão, a cor no dia cinza, cuide. Mime. Ame. Amor tem a ver com cuidado, com manutenção, com prestar atenção. Se não for assim, não me adianta de nada saber.
(Manuela Macagnan)
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